Neste ano atípico de isolamento social, quando a escola presencial foi substituída por um ambiente virtual, algumas atividades foram inesquecíveis para a equipe pedagógica. Uma delas foi a Trajetória Profissional, repleta de afeto – que aconteceu agora em novembro e que surgiu numa reunião com a equipe do Ensino Médio, quando o professor de Filosofia sugeriu que professoras e professores pudessem falar para as turmas sobre o processo de escolha das carreiras, o que motivou cada um na escolha profissional e a trajetória trilhada até chegar à EDEM.
Segundo a equipe pedagógica do segmento, esse encontro foi importante, para humanizar as relações e compartilhar, com entusiasmo, vivências sobre as trajetórias profissionais de professores e professoras das disciplinas de Química, Biologia, Sociologia e Geografia a todo Ensino Médio.
Veja aqui alguns dos relatos da equipe:
Cybele (psicóloga):
“Neste evento, podemos destacar a humanização na relação professor/aluno, quando cada professor se despe do papel de quem ensina e veste-se com a roupagem de um jovem que está buscando seu papel-lugar na sociedade. Tudo relatado com entusiasmo, aproximando o professor dos alunos, como essa relação se dá na EDEM presencial.
O encontro possibilitou perceber que esse conflito que, por vezes, existe, aliado à entrada no mundo adulto com suas demandas, pode ser menos doloroso e mais sereno, uma vez que faz parte do amadurecimento. Por isso, destacamos a importância de explorar ao máximo o potencial que cada um tem. Essa atitude facilitará no processo de escolha.”
Antônio (Guta – Sociologia):
“Foi uma grande oportunidade de troca de experiências entre algumas professoras e professores dessa escola DE VERDADE. Nossas falas e narrativas foram fundamentais no esclarecimento do que significa optar por ser um educador numa sociedade que ainda desvaloriza o conhecimento.”
Marcello (Biologia):
Participar desta atividade foi importante por três motivos:
1º) Revisitar o que vivi e reforçar minha certeza de escolha profissional.
– Ser professor não era o plano inicial, como falei durante a minha explanação, mas a ideia apareceu à medida que os anos de faculdade foram passando. A licenciatura foi o ponto alto do meu curso de Ciências Biológicas na Universidade Santa Úrsula e me pôs em contato com professores que incentivaram a realizar ações educativas e me inspiravam para o magistério. A partir das experiências como professor de pré-vestibulares comunitários ainda no final da faculdade, pude moldar minhas convicções sobre educação o que me deu segurança para explorar o nicho das escolas particulares e públicas. Estar na EDEM me dá a sensação de que cheguei no lugar onde eu queria, trabalhando com pessoas com visão social e progressista, algo que eu sempre desejei no começo de tudo.
2º) Conhecer histórias de colegas e perceber a diversidade e a beleza que existe em cada uma delas.
– Caminhos sinuosos e pouco retilíneos, que levaram os colegas a estar onde estão. O exercício da escuta é algo que o professor deve praticar e utilizar para entender como são diversos os pontos de vistas sobre a mesma profissão. Exercer isso em meio a uma atividade como essa é extremamente prazeroso.
3º) Inspirar os alunos e alunas assim como fui inspirado durante minha vida escolar.
– O professor tem o poder de falar e inspirar seus alunos. Não necessariamente dizer o que precisa ser feito, mas mostrar que existem caminhos diversos e que todos são legítimos, especialmente se forem percorridos com afeto e paciência.
Cristiane (Geografia):
“O compartilhamento das trajetórias profissionais dos professores com os estudantes possibilita a ampliação de percepções sobre a diversidade de caminhos possíveis – e de como são variados os fatores que influenciam as nossas escolhas durante o processo de formação e de inserção no mercado de trabalho. Os diferentes relatos proporcionaram uma troca muito rica, que nos aproxima, que nos faz refletir sobre nossas histórias e ainda tem potencial de amenizar a ansiedade pela qual os estudantes passam no contexto do final do Ensino Médio”