Um passeio importante pela Pequena África: a turma do 1º ano do Ensino Médio, acompanhada pela professora Vanessa Fráguas, visitou alguns pontos importantes para a história do Rio de Janeiro e do Brasil. Entre eles, o Largo da Prainha, a Pedra do Sal, o Cais do Valongo e, ainda, dois museus: o Muhcab (Museu de História e Cultura Afro-Brasileira) e o Instituto Pretos Novos, que funciona onde foi um cemitério de escravizados.
– Essa atividade está relacionada tanto com a parte de história, do Brasil Colonial, como com a parte de itinerário de memória e construção da escravidão nas Américas. O nosso objetivo é trabalhar essas questões rompendo com o ponto de vista eurocêntrico. E, ainda, privilegiando os instrumentos de resistência criados no período colonial e nos séculos posteriores também – conta Vanessa.
Segundo a professora, o retorno dos alunos foi positivo:
– Essa atividade tornou concreta muita coisa que foi discutida em sala de aula. Desde o trabalho de pesquisa que eles fizeram até ver, nos locais visitados, as marcas da escravidão que estudaram. Assim como os objetos da época e as formas de resistência, tanto nas ruas como nos museus, autores, obras de arte, nos espaços visitados. Eles viram a aplicabilidade do que estudaram, além, claro, de poderem poder fazer um passeio pedagógico fora da escola depois de muito tempo de pandemia, aprendendo de uma maneira lúdica.
A professora também pediu que a turma registrasse, com fotos, os espaços e elementos da presença da escravidão, além dos instrumentos de resistência:
– Essa questão da memória está sempre em construção. Por isso é fundamental a gente estar no Rio de Janeiro e conhecer esses espaços, saber a importância deles, o que representam para a nossa cidade. Isso é formar esta juventude, pensando na formação e na consolidação de uma postura antirracista.