O Novo Ensino Médio tornou-se obrigatório este ano, com a introdução de uma Base Nacional Comum Curricular que contempla uma flexibilização de parte desse currículo. Mas na EDEM, desde sempre, grande parte do currículo sempre foi diversificado e flexível. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, já se contempla todas as áreas do conhecimento. Na semana passada, uma mostra disso pôde ser apresentada para as famílias de estudantes do Ensino Médio, através dos Itinerários Formativos, e suas respectivas trilhas, que foram demonstrados pelo 1º ano.

Na Mostra de Trabalho do Ensino Médio, foram apresentados o projeto dos Itinerários Formativos de 1º ano e os Projetos de Extensão do 2º ano. Um dos principais objetivos desta Mostra interativa, organizada em Salas Ambiente para receber às famílias de estudantes do Ensino Médio, foi mostrar como funcionou a nova estrutura de trabalho organizada pela EDEM para enfrentar o desafio de adaptar seu projeto pedagógico às novas diretrizes legais do Novo Ensino Médio.

– Quando a EDEM pensou na elaboração da construção de um projeto para adaptar o currículo às exigências legais de um novo Ensino Médio, com essa parte flexível que é denominada de Itinerários Formativos, foi pensado que já havia um projeto diversificado desde sempre. No entanto, para dar uma coerência a todos esses itinerários, optamos por uma referência pedagógica e curricular relacionada à agenda 2030, da ONU, aquela que construiu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – lembra Wanderley Quêdo, coordenador do Ensino Médio da EDEM.

Diversas áreas do conhecimento

Dessa forma, cada um destes Objetivos teve uma referência dentro de, no mínimo, um dos Itinerários desenvolvidos pelos grupos. Alguns deles tiveram até duas ou três referências:

– Assim, os grupos desenvolveram seus programas, seu trabalho, suas pesquisas e seus aprofundamentos dentro dessa linha de trabalho colocada pela Agenda 2030 da ONU. Nesse sentido, nós tivemos uma coerência quando construímos três grandes itinerários, num total de nove trilhas, e conseguimos dar um tom que abrangesse todas as áreas do conhecimento, mas através de um objetivo prático que é melhorar e transformar o mundo. Nesse sentido, há a área de humanas, a área de ciências da natureza, a área de exatas, a área de saúde, a área de artes e a área de sociedade. E todos os Objetivos estão contemplados aí dentro – frisa o coordenador.

A primeira Sala Ambiente foi: “Linguagens para a Vida”, dividida entre a Oficina da Escrita (Prof. Thiago), Cultura Hispanoamericana (Prof. Peter) e Projeto de Vida (com a psicóloga do segmento, Cybele Gurgel).

– Quando nós pensamos no Projeto de Vida, a ideia foi justamente preparar os alunos e as alunas para que eles possam fazer as escolhas no futuro. Entendendo, por exemplo, como está a sociedade e qual a proposta do governo. Discutimos desde Direitos Humanos até a política de cotas. Esse jovem tem que saber não só sobre a sua profissão, mas ter uma perspectiva da sociedade e o que essa sociedade e as políticas públicas estão oferecendo ao final do terceiro ano, junto à sua escolha profissional – explica Cybele.

Por um mundo sustentável

A segunda Sala Ambiente, chamada de “Por um mundo sustentável”, teve três focos: Produção de Alimentos (Prof. Carlos), Segurança Sanitária e Saúde (Profa. Aline) e Sustentabilidade e Energia (Profa. Ana Carolina).

– É uma formação integral de sujeito, as alunas e os alunos apresentaram o que eles produziram. Entender o conhecimento como uma parte do processo que eles são autores também, com o professor. A nossa hipótese é que tanto alunos como professores iriam trabalhar com muito mais prazer e entusiasmo e se apropriar disso – defende a psicóloga.

Já a terceira Sala, com o tema “Espaço, memória e ação”, foi dividida em “Espaço e poder”, (Profa. Cristiane), Memória e Construção (Profa. Vanessa) e Sociedade e Ação (Prof. Guta). Todas estas três primeiras salas foram apresentadas por alunas e alunos do 1º ano.

– A avaliação desse conhecimento não foi formal, mas em formato de provas. Foi uma avaliação através de trabalhos, que foi discutida e que vêm ao encontro do nosso projeto. Alunos e alunas discutem e há um percentual que se junta à disciplina inicial, que está inserida aquele projeto – conta Cybele.

As salas seguintes foram as oficinas de 2º ano: “É tudo verdade”, a Oficina de Documentário, com a orientação de Evângelo Gasos; e “Meu corpo, minha vida”, a Oficina de Artivismo, com a orientação de Laura Castro, que fizeram parte da estrutura curricular dos projetos diversificados deste ano.

Estes itinerários são divididos em nove componentes curriculares que, juntos com o Projeto de Vida e a Extensão, formam a parte flexível do currículo. Todas as trilhas que foram apresentadas pelos grupos têm como característica uma disciplina da Base Comum Curricular como referência e composição.